A contagem regressiva para a fase de transição da reforma tributária começou, e um alerta urgente precisa ser dado a todos os empresários: a maior ameaça iminente não é um aumento de carga tributária, mas o risco concreto de sua empresa não conseguir emitir notas fiscais a partir de 1º de janeiro de 2026.
A incapacidade de se adaptar aos novos modelos de documentos fiscais pode travar suas operações comerciais. O problema central é a adaptação dos sistemas empresariais aos novos layouts exigidos pela Receita Federal para informar a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
A Multa “Invisível”: Pagar Imposto em Período de Teste
Muitos empresários acreditam que 2026 será um ano de “teste” tranquilo, com alíquotas simbólicas de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS, e que não haverá cobrança efetiva. No entanto, a legislação Art. 125, §4º do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) e Art. 348, §1º da LC 214/2025) esconde uma armadilha perigosa.
A regra é clara: empresas que não cumprirem as obrigações acessórias – ou seja, que não emitirem as notas fiscais nos novos moldes – ficam automaticamente obrigadas a recolher os novos tributos já em 2026. O princípio da indisponibilidade do crédito tributário será invocado pelos fiscos, transformando o ano de “teste” em um ano de desembolso real.
O Verdadeiro Perigo: O Travamento Operacional
No entanto, especialistas alertam que a previsão de pagamento do imposto é o menor dos problemas. O risco crítico é operacional.
Na prática, se seus sistemas não estiverem adaptados para incluir os campos do IBS e da CBS, o documento fiscal não será emitido. Sem a nota fiscal, a venda de mercadorias ou a prestação de serviços fica inviabilizada. O problema pode não estar no 1% [de tributo a ser pago], e sim, no risco de não conseguir talvez fazer a operação em si.
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Conscientização e Atraso: A Bomba-Relógio das Empresas
O grande gargalo, apontado por líderes do setor de tecnologia é a falta de mobilização das próprias empresas. Embora o governo tenha disponibilizado um ambiente de testes, menos da metade dos clientes da Totvs, por exemplo (segundo matéria Jota.Info) iniciou a parametrização de seus sistemas.
Isso revela um perigoso atraso na conscientização. A adequação não é apenas uma atualização de software; é uma revisão estratégica que demanda tempo para configuração, testes e treinamento. Deixar para a última hora é assumir um risco desnecessário de paralisia na esteira de produção.
E os Pequenos Negócios e Municípios?
A situação das empresas de pequeno porte, que muitas vezes não possuem estrutura técnica para as mudanças, pode ser mais desafiadora. Além disso, a integração dos municípios ao novo padrão nacional da NFS-e, pode ser um processo complexo e fundamental para o setor de serviços.
A Receita Federal Garante Colaboração… Mas o Prazo é Firme
O fisco está trabalhando para disponibilizar todos os modelos de nota até dezembro de 2025 e que a transição será colaborativa, sem caráter punitivo inicial. Segundo informações da mídia, para casos mais complexos (como saneamento e imobiliárias), medidas simplificadas serão tomadas se os prazos não forem cumpridos. No entanto, a mensagem final é de urgência.
Conclusão: Aja Agora para Não Parar em 2026
A reforma tributária é 100% real e seu início é iminente. A adaptação não é uma opção, mas uma condição para continuar operando. Empresários devem:
- Acordar para a urgência: O tempo é curto e o risco operacional é real.
- Contatar seu fornecedor de software: Exija a versão atualizada e inicie os testes de parametrização imediatamente.
- Revisar processos internos: Treine sua equipe e adapte seus fluxos de trabalho para o novo modelo.
A postura de “esperar para ver” é a que mais oferece perigo. Em um cenário onde a nota fiscal é o oxigênio do negócio, não há margem para falhas. Aja hoje para garantir que sua empresa não seja uma vítima da transição tributária.
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