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Como funciona a tributação de uma offshore?

Entenda os detalhes sobre a tributação de empresas offshore.

Certamente, o universo da tributação de offshore é repleto de nuances e regulamentações específicas. Entender como esse processo funciona é crucial para quem considera essa estratégia de investimento e gestão financeira. Neste guia, exploraremos os detalhes da tributação de offshores, suas peculiaridades e as mudanças previstas para 2024.

O que é offshore?

O termo offshore – que significa algo como “fora da costa” – se refere a uma forma de investir no exterior, seja por meio de uma conta bancária ou de uma empresa constituída em outro país.

Em outras palavras, uma offshore existe quando o proprietário da conta ou empresa mora em um país e realiza negócios em outros. Por sua vez, esses negócios podem ter origens diversas, como investimentos no mercado financeiro, imobiliário, atividades operacionais de empresas, e assim por diante.

Teoricamente, é possível abrir uma offshore em qualquer país. No entanto, o que mais ocorre na prática é vermos esse formato jurídico em países que possuem algum tipo de tributação favorecida – os chamados paraísos fiscais. Ou seja, o que motiva realmente alguém a abrir uma offshore é a economia tributária que se pode ter em determinados investimentos ou atividades empresariais.

O Regime Tributário Atual

Atualmente, os rendimentos obtidos por meio de entidades offshore são submetidos a um regime tributário mais benéfico do que no Brasil. Ao contrário do que acontece com a maioria dos fundos de investimento, os lucros apurados por controladas no exterior somente ficam sujeitos à cobrança de Imposto de Renda quando são disponibilizados ao sócio que seja residente fiscal no Brasil.

Ou seja, enquanto o sócio da offshore não embolsar os lucros, não há incidência do imposto. No entanto, essa taxação diferenciada, também chamada de diferimento tributário, deve acabar a partir de 2024.

Mudanças Previstas para 2024

Em outubro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que prevê a tributação de rendimentos de fundos offshore em 15%, com cobrança anual (come-cotas) a partir de 2024. Já os ganhos acumulados até agora seriam taxados em 8%.

Antes de virar lei, o texto ainda será analisado pelo Senado Federal. Essa mudança representa uma significativa alteração no cenário tributário das offshores, exigindo uma revisão nas estratégias de investidores e gestores financeiros que utilizam essa modalidade.

Como a Tributação Afeta os Investidores:

Compreender o impacto da tributação nas offshores é vital para qualquer investidor ou empresário que considere essa abordagem. A transparência fiscal, a alocação de recursos e a rentabilidade dos investimentos serão diretamente influenciadas pelas mudanças tributárias.

Conclusão

Em meio a essas mudanças iminentes na tributação de offshores, a necessidade de uma gestão financeira estratégica e adaptável torna-se evidente. 

A compreensão aprofundada dessas alterações permite que investidores e empresários tomem decisões informadas, otimizando seus recursos e se preparando para um cenário tributário em constante evolução.

Esteja atualizado e preparado para as transformações que moldarão o futuro das offshores e seus impactos no universo financeiro global.

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